domingo, 13 de dezembro de 2009

A ISONOMIA DE TRATAMENTO NAS CARREIRAS JURÍDICAS

A ISONOMIA DE TRATAMENTO NAS CARREIRAS JURIDICAS - O Exame de Ordem, AGORA, sem doutrinas

Desde o advento da EC/45 juizes, procuradores e promotores submetem-se à necessidade de exercerem atividades jurídicas, exclusivas de bacharéis, antes de tomarem posse nos cargos citados. Para os delegados de policia não deve demorar muito também.

O CNJ admitiu a pós-graduação em Direito como atividade jurídica, assim como admitiu a atividade de escrivão ou diretor de cartório como passiva de caracterizar aquela exclusiva do bacharel de Direito para a finalidade de preencher o requisito.

Grande parte destes cargos acima submetem seus candidatos a 5 (cinco) fases de exame, sendo um objetiva (prova de “x”), uma subjetiva (prova dissertativa, prova prática (sentença, pareceres ou denúncia), prova oral (submete o candidato a pelo menos 5 examinadores que podem fazer perguntas por 10 ou 20 minutos cada) e prova de títulos e provas.

Ainda na fase oral, cada candidato submete-se a uma minuciosa investigação de sua vida pregressa, como processos administrativos, processos na justiça, prisões, amigos, inimigos, internações médicas etc.

UFA!!! Não é fácil chegar a ser um juiz ou procurador ou promotor ou até um delegado!!!

Através de um conceito constitucional, cuja mens legis foi do Deputado Constituinte e hoje Presidente da Câmara Michel Temer, vemos que “o advogado é indispensável à administração da Justiça”.

Então por que deveria ser fácil ser advogado?

Por que os bacharéis de Direito, para o exercício do serviço público de advogado, submetem-se a duas provas simples, uma com consulta a tudo que o candidato puder levar ( e levam até carrinhos com quase 20 livros)??

Muitos amigos vão dizer que digo isso porque sou advogados há anos e na minha época era mais fácil. Talvez eu também dissesse que na época dos antigos advogados fosse mais fácil ainda (faziam apenas o estágio conveniado da OAB), talvez quando havia a fase oral fosse mais fácil....

Balela!

O Exame de Ordem só é fácil para quem estuda! E estuda muito!

A decisão da OAB em não permitir a utilização de obras doutrinárias no Exame traz um grande avanço à avaliação.

Traz a equivalência entre as funções, pois da Mesma maneira que todas aquelas citadas lá em cima do texto, o advogado só poderá consultar a legislação seca, cabendo ao seu próprio raciocínio a exposição da peça correta e o desenvolvimento dos textos de suas respostas.

É simples para um candidato, com obras de doutrina, identificar respostas e até “colar” as mesmas em suas provas. Na graduação sempre via alunos que traziam respostas a perguntas simples, com transcrições de textos e obras, em visível forma de não apresentar qualquer raciocínio quanto ao tema.

Para que o texto não crie um ódio de muitos amigos que acabei por fazer neste blog, acho que seria interessante pensarmos no último Exame de Ordem, no qual foi exigida uma Ação de Consignação em Pagamento, para evitar a mora do empregador.

Amigos, do fundo do coração, todo este movimento pró anulação da prova não existiria se os candidatos tivessem apenas a lei seca para fazer a prova!

O acesso à doutrina do inquestionável Sergio Pinto Martins criou a figura da notificação extrajudicial nas respostas. O uso dos excelentes livros de doutrina recomendados pelos cursos preparatórios gerou a confusa Idéia da estabilidade (que não existia), fazendo com que muitos apresentassem o IAFG.

Enfim, se o candidato estivesse apenas com CLT e CPC secos, conhecendo as hipóteses de estabilidades, não cairia na idéia de que outra peça fosse cabível, se não a ACP.

Aos meus alunos eu sempre recomendei que levassem apenas um livro de processo, um de direto material e a legislação. Quem tem muitas opções....se perde!

A retirada das obras comentadas fará com que o Exame de Ordem seja mais equivalente às demais profissões, valorizando ainda mais os aprovados e, conseqüentemente, toda a classe de advogados.

Uma grande amiga disse que fez um levantamento do prejuízo que uma CLT comentada teria com esta decisão, sendo que a vedação traria ao autor da obra um prejuízo de mais de um milhão/ano.

As manifestações de autores contra a decisão da OAB não estão visando ajudá-los, podem ter certeza! Eu também teria grandes problemas se retirassem um milhão de minha conta por ano.

Entretanto, os autores devem entender que com esta limitação, os candidatos deverão estudar mais, consumindo mais obras doutrinárias, lendo um maior número de posições sobre o mesmo assunto, ou seja, não farão de muitas obras livros descartáveis de um dia.

Conheço muitos ex-alunos que compraram CLTs comentadas apenas para fazerem a prova, só usaram no dia da prova e, aprovados, atuam em outras áreas sem qualquer leitura ou conhecimento da matéria.

Tenham a certeza que o intuito da OAB e da CESPE não é de reprovar mais e mais candidatos. A retirada das obras trará uma valoração aos candidatos, trará uma seleção mais precisa e mais igualitária a todos.

Não é correto que apenas quem tinha o livro do fulano e do beltrano tenham sido aprovados.

O Exame de Ordem é uma necessidade legal, que ainda está muito longe dos processos seletivos dos concursos públicos, mas está caminhando em passos largos para o engrandecimento e valorização da carreira de advogado.

Espero que todos alcancem seus sonhos, mas se lembrem que sonhar é apenas fazer planos.....viver é ter coragem de realizá-los!

Invistam em vocês! ESTUDEM!!!! COMPARTILHEM SUAS DUVIDAS COMIGO!!!

QUERO VÊ-LOS APROVADOS!

Contem comigo SEMPRE!!!

Um super beijo no coração!

Prof. Alexandre

7 comentários:

  1. Professor, eu sempre comprei muitos livros durante meu curso, não teve uma disciplina que eu tenha deixado de comprar pelo menos um livro, tenho uma biblioteca muito boa. Quando resolvi que iria fazer trabalho na 2a fase da OAB comprei todos os livro, bastava ouvir qualquer comentário sobre algum autor. Confesso que se não tivesse com os livros não teria feito ACP, pois não tenho prática nenhuma e não iria lembrar desta ação em especial, mas também em nenhum momento pensei em fazer IJ ou RT. Pois bem, acho que agora todos competirão de igual para igual, pois sempre achei injusto poder comprar todos os livros que eu queria e saber que muitos iriam levar livros desatualizados que pegariam emprestados. E melhor, estarão se preparando para encarar qualquer concurso que exija prática, o que é muito bom, pois saber que irá poder consultar a jurisprudência faz com que nos preocupemos mais em aprender a consultar o índice dos livros do que aprender o conteúdo. Gostei muito de ter conhecido seu blog e gosto muito das suas colocações e posicionamentos. Mais uma vez, PARABÈNS!!!

    ResponderExcluir
  2. Prezado Professor,

    Quero dar os meus parabéns pela sobriedade com que o sr. tem abordado temas extremamente polêmicos. Talvez nem todos concordem com o seu ponto de vista, mas ninguem poderá falar que está sendo incoerente.

    Faço das suas palavras, as minhas. Creio que medidas como essas (que a oab ta adotando) vão fazer a nossa profissão ser mais valorizada, valor este que vem sistematicamente sendo dizimado em virtude do grande número de cursos de baixa qualidade, atualmente.

    Também achei super pertinente a correlação feita com a prova da magistratura (nunca tinha pensado nessa ótica), pois não vejo motivos para facilitar a prova de advogados quando cada vez mais afunila as provas dos magistrados. Não defendo a igualdade do nível das provas, mas que haja sim uma relatividade entre elas.

    Com relação a essa ultima prova, eu confesso que só passei por causa da doutrina. Na hora do nervosismo achei q era IJ, mas graças a uma leitura perfunctória na doutrina percebi o pega da prova (pega # erro).

    Mas é isso ai doutores, a todos aqueles que passaram vai os meus sinceros parabéns, e àqueles que não passaram agora, desejo-lhes força e fé, pois a hora de vcs vai chegar. Creiam nisso.

    ResponderExcluir
  3. Com todo respeito, professor... mas você é um grande idiota. Achar que advogados podem ser comparados à promotores, delegados, juízes etc. Comparação totalmente éstúpida. Juizes, Promotores e Delegados, quando fazem uma prova em um nível altíssimo, já ingressam na carreira com um salário de R$10.000,00 pra cima, daí você acha que é a mesma coisa para um advogado?

    Você é realmente um grande idiota.

    Fiz 3 vezes a OAB e não consegui passar. Uma prova ridícula dessa, infelizmente, não cobra o que um advogado precisa saber. Outra verdade é que aumentando-se o nível dessas provas, só privilegiam mercenários empresários de Cursinho preparatório para concurso, assim como você. Esse pessoal é que realmente enriquecerá a custa da reprovação de milhares de alunos no Exame de Ordem.


    Apesar das minhas reprovações, já consegui ser classificado em concurso para Delegado e para analista do TJ do meu estado, além de diversos outros em técnico administrativo judiciário. Porém só obtive real aprovação para Analista do TRT.

    Estou dizendo isso para você não pensar que sou um qualquer que não estuda. Experimente tentar passar em algum desses concursos que passei, ou até mesmo tentar obter aprovação na OAB atual, daí você sentirá o drama e vai preferir ser um proferssozinho medíocre pelo resto da vida.

    É uma pena que você é da época em que passar na OAB era a coisa mais fácil do mundo, porque se fosse hoje, você sentiria na pele que não há necessidade de um concurso desse nível para uma área em que o futuro é incerto.

    Por fim, continuo lamentando por um pensamento idiota e egocêntrico vindo de um ser humano como você que tem o sucesso na desgraça de reprovados.

    ResponderExcluir
  4. Nossa...anônimo aqui de cima...vc é um beócio mesmo!!!
    Limite-se a postar sua ignorância contra vc mesmo já que não é capaz de passar na prova.
    Vc é um grande frustrado!!!
    Que a prova da OAB não mede o conhecimento de ninguém...tudo bem...isso eu tb concordo...mas ofendendo quem nos ajuda a passar nesta prova não o torna mais inteligente, tampouco o faz passar na OAB.
    Vc passou nos concursos??? Que ótimo...agora...CALA A TUA BOCA E ESTUDA PARA A OAB!
    Att.,

    ResponderExcluir
  5. PROFESSOR QUAL MATERIAL REALMENTE PODEREMOS CONSUTAR PARA A 2º FASE DE TRABALHO DA OAB?
    ME DE UM HELP!

    ResponderExcluir
  6. Carla, enquanto você vai tentando a OAB, eu, graças a Deus, estou muito bem empregado e sem OAB. Provavelmente, você terá a sua OAB, e vai continuar desempregada

    ResponderExcluir
  7. Anônimo: Quem disse que eu estou desempregada?! Quem disse que eu não tenho OAB?! Estou mto bem empregada, mas isso definitivamente não te interessa, afinal não fui eu quem postou uma mensagem totalmente grosseira contando a historinha de uma vida frustrada...quem fez isso foi vc! Não estamos falando de cargos e funções, mas sim da sua total falta de postura, educação e discernimento...e pelo que vc escreveu vc tb não é o do time dos humildes...mas tb não vou perder meu tempo te ensinando boas maneiras!!! Cresce muleque!!!

    ResponderExcluir